Se tem uma coisa que eu abomino é mentira. Paradoxal você devem estar pensando por que nós, seres humanos, mentimos o tempo todo. Mas eu não estou falando daquelas mentirinhas bobas que a gente inventa pra não ter problema no trabalho, com namorada, com pai e mãe. Eu estou falando daquele tipo de mentira que fere, desagrada, machuca. Eu acabo de sofrer uma grande decepção, por que eu acreditei numa pessoa e quando fui ver todas as verdades que ela me disse eram ocas. Inverdades.
Acho muito engraçado. Tem gente que ''maquia'' a verdade pra parecer uma coisa que não é. Por quê, hein? Ah, status! E vale a pena? Ninguém consegue sustentar uma mentira por muito tempo (exceto a vilã da Glória Perez, Yvone), ninguém têm tanto sangue frio. Uma hora a pessoa desliza, escorrega. Exemplos disso existem aos montes nos orkuts, my spaces e facebooks da vida. Mas no orkut, essa mentirada fica mais evidente. O que eu conheço de gente que é membro de comunidade sobre Cazuza, Elis, Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Freud... E nem sabe direito quem são essas figuras. E entram na comunidade por quê? Ah, status!
Vocês devem estar se perguntando. Ah, mas esse cara aí só tem dezessete anos, não é possível que ele goste desse povo todo. Pois eu respondo. Muitas vezes, nesse corpo dos dezessete, me sinto um velho. Seja pelo mau humor matutino ou por esse senso crítico ferrenho e mordaz. E eu não gosto desse povo todo não. Até participo de umas comunidades mais ''cabeças'', mas se participo, é por que tenho identificação com aquilo. Tanto que sou seletivo com elas. Ouço Sinatra e já li Nietzsche. Superficialmente. E quero conhecer mais dessas criaturas célebres. Vou atrás. Quero trocar informação, idéia, com quem já conhece, pra quem já é familiar. Eu não procuro maquiar a verdade. Sou o que eu sou. Goste quem gostar. Doa a quem doer.
EDDY FERNANDES
